Falando sobre "a pessoa amada".

Nessa postagem vou falar de maneira não muito prolongada sobre "a pessoa amada", o título original em japonês é "Watashi no Suki na Hito", mais um mangá do grupo CLAMP, neste a história é de Nanase Ohkawa e a arte é de Mick (agora Tsubaki) Nekoi (Nekoi! Amo esses nomes que lembram gatos!).

Apesar de ser de autoria de uma grupo um tanto conhecido, até um tempo atrás eu desconhecia totalmente a existência do título em questão. Então, como foi que conheci ele? O que despertou meu interesse em adquirir e ler a obra foi um texto do amigo Carlírio (do blog parceiro NETOIN!) para o evento ClampDay R2 (ocasião especial em que também participei falando um pouco sobre Kohaku e Wish). Então a seguir deixo meus comentários.

"Watashi no Suki na Hito" é um  mangá shoujo que foi serializado na Young Rose a partir de 1993, posteriormente seu volume completo (e único) foi lançado pela Kadokawa Shoten em julho de 1995, mas isso não vem muito ao caso para nós agora, o fato é que aqui no Brasil não é difícil encontrar a venda obras do CLAMP, várias editoras nacionais já trouxeram uns e outros títulos do grupo para cá, mas "a pessoa amada" é o primeiro título do grupo CLAMP trazido pela editora NewPOP. E isso é uma coisa que quero dar destaque, alguns podem se perguntar o motivo, então eu respondo logo: isso se deve a qualidade que a editora vem trazendo perante as outras, enquanto algumas vem decepcionando, a NewPOP vem trazendo uma estrutura física muito superior, e isso não somente em edições especiais como a JBC costuma fazer.

Mas voltando ao assunto principal, ainda na parte física, vale ressaltar que as 14 primeiras páginas são coloridas em papel couché, o resto das páginas são em papel off-set branco, muito superior as páginas comumente  publicadas em papel jornal. O valor deste está em R$14,00. Sobre a impressão, ela pode parecer fraca nas fotos, mas esse não é o caso, na verdade as cores originais são assim mesmo, clarinhas, atá parecem pintura em aquarela. No visual, quem não é acostumado com obras do grupo pode estranhar um pouco o design dos personagens, percebi isso quando minha irmã mais nova falou algo: "Que desenho estranho!" - Acho que agora já pode ser natural para mim e para muitos, mas parando para pensar, a primeira vista, a silhueta esguia dos personagens pode ser mesmo não muito comum.

Esse é o índice do mangá.
E não! Esses dedos não são meus, mas sim de minha irmã mais nova,
pedi para ela segurar enquanto tirava as fotos.

"a pessoa amada" é uma daquelas leituras leves e descompromissadas, não é algo que você tenha que ficar assim tão preso, eu mesma li vendo tv. Sabe como é o esquema neah? Lê um pouquinho enquanto escuta e depois assiste um pouquinho! kkk! Mas é bem verdade, principalmente pelo fato de que nos 12 capítulos, temos 12 histórias diferentes, ou seja, uma história por capítulo, sendo apenas 10 páginas para cada uma (sendo 7 páginas de história e 3 páginas do que eles chamam de ensaio, algo como umas notas explicativas da autora), então não tem muito como se perder.

Sobre essas notas, é algo que eu achei bem legal, pelo simples fato de que eu nunca fui uma pessoa muito criativa nesse campo de criar histórias, sim, a blogueira que aqui vos fala tem falta de criatividade para essas coisas, admito! Na verdade, nunca neguei isso! Há! - Algo que sempre me intrigou é essa habilidade que algumas pessoas tem de criar histórias, as vezes acabo de ler ou assistir algo e fico pensando: "como uma pessoa consegue imaginar tantas coisas e tantos personagens? Como elas conseguem encaixar de modo que fique coeso e ao mesmo tempo interessante? Tem certeza que é uma pessoa assim como eu, normal?" - Bom, pensamentos a parte, esses ensaios são como uma conversa entre a autora e nós, leitores, é algo bem pessoal aonde ela explica como conseguiu expiração para criar cada umas das histórias. Percebi que a inspiração pode vir de pequenas coisas ao nosso redor, de pessoas que conhecemos e de conversas que temos. No final, acho que o que muda não é a inspiração, é apenas o modo que cada um expressa isso, seja por desenhos, músicas, textos, etc. Mas como isso não é uma ama aula de filosofia, vamos parar de falar nisso.

Agora falando um pouquinha da história em si, como eu já tinha dito mais acima, é um mangá shoujo, e como o próprio título leva a crer, fala de histórias de amor, mas não é nada muito fantasioso como costumamos ver em certos contos, aqui temos 12 mulheres comuns, com histórias comuns, você pode pensar que não quer ver nada normal, mas na verdade esse é meio que o trunfo de "a pessoa amada", o fato de que isso realmente poderia acontecer com qualquer um de nós (como bem diz a sinopse da capa traseira) é o que nos liga a essas mulheres. 

Eu não sou lá o que se pode chamar de especialista ou conselheira nesta área, mas posso afirmar que já pensei em certas coisas e já vi pessoas passando por alguns dos problemas que nesta obra são relatados. Dúvidas e medos, a insegurança as vezes no faz exagerar, mas ninguém é de ferro, ainda mais quando se trata de sentimentos. Poder ver e não poder, querer falar e não conseguir... Mas nem tudo é tristeza, na verdade isso aqui não é um drama nem nada assim, acho que a palavra chave é superação, as vezes para as coisas darem certo, precisamos só de coragem e disposição.

-

Então ficamos por aqui pessoal, para quem curte o gênero, fica essa dica de algo mais maduro. Espero que tenham gostado do pequeno review que fiz.

-

Agora vou contar um fato engraçado que aconteceu comigo. Não! Se esperavam uma confissão, não é nada disso. kkk! O caso é: no shopping existem duas bancas de revistas que vendem mangás, numa eu comprei o último volume de "K-ON!", o volume 01 de "Red Garden" e "a pessoa amada". Na outra eu encontrei um dos volumes de "Sakura", naturalmente fui comprar, o valor é de R$14,90, comprei no cartão, no débito. Tudo bem, fui para casa e só aí vi a nota fiscal, a moça passou o mangá pelo preço de R$149,00. 

Minha cara: O______O' ...

Tive que voltar no shopping, cheguei lá e tinha trocado de vendedora, aí a mulher teve que ligar para a outra, que por algum motivo não atendia o celular. Tiver que ficar lá esperando resolverem o babado todo. No final, a moça colocou mesmo um zero a mais sem perceber, eu, mais demente ainda, esqueci de olhar o valor antes de digitar a senha, eles me devolveram R$134,10 em espécie e eu aprendi a sempre olhar na maquininha de cartão para ver se o valor da compra está certo.